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Serra e Pico dos Pireneus
Pirenópolis -
GO , Lat.:
-15.000000000 Long.:
-48.000000000
Última alteração: 08/12/2020 17:27:59
Última alteração: 08/12/2020 17:27:59
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
250
Valor Educativo:
235 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
295 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
245 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Serra e Pico dos Pireneus |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Tectônica |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Pireneus - GO) |
Localização
Latitude: | -15.000000000 |
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Longitude: | -48.000000000 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 1394 m |
Estado: | GO |
Município: | Pirenópolis |
Distrito: | |
Local: | Pico dos Pireneus |
Ponto de apoio mais próximo: | Serra dos Pireneus |
Ponto de referência rodoviária: | Cidade de Pirenópolis |
Acesso: | Saída da cidade de Pirenópolis, pela BR-070, no sentido de Cocalzinho de Goiás. Seguir indicações de placas para o Pico dos Pireneus e subir a serra. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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Um marco na paisagem do Planalto Central é um alinhamento de serras cujas cristas, com cotas da ordem de mil e duzentos metros ou mais, são vistas de longe. Formadas quase que exclusivamente por quartzitos e quartzitos micáceos (moscovita quartzitos), se estende na direção aproximada E-W, por pouco mais de 40km, passando ao Norte da cidade de Pirenópolis e ao Sul da cidade de Cocalzinho de Goiás. Na porção mediana deste alinhamento situa-se um conjunto de três elevações, sendo a maior delas o ponto culminante do sul de Goiás, o Pico dos Pireneus, com aproximadamente 1390m de altitude (Cota lida com GPS barométrico =1394m) Esse marco natural, devido ao contraste com as cotas da região, as quais variam em média de próximo a setecentos metros a pouco mais de mil metros, pode ser visto de longas distâncias e serviu de ponto de referência para os antigos viajantes. Constitui-se também em um mirante excepcional, de onde é possível avistar grandes distâncias. Segundo o historiador Paulo Bertran, a denominação Pirineus remonta ao início da história da ocupação de Goiás, numa associação com os Montes Pirineus na fronteira entre a França e a Espanha. “A grafia do nome Pirineus, vem diretamente da grafia francesa Pirenées (Pirenê), conforme gostavam de escrever nossos eruditos no século XIX, tanto que Pireneus e Pirenópolis escrevem-se com aquele esdrúxulo “e” no meio, que quase todo mundo pronuncia “i”.” (Bertran, 2005). Além de enfeitar a paisagem regional, a porção central da Serra dos Pireneus é em si um local muito interessante tanto do ponto de vista do patrimônio natural, como do cultural. Anualmente, ocorre uma romaria denominada Festa do Morro ou Festa do Pico dos Pireneus. Do ponto de vista geológico, constitui um geossítio de grande importância pois possui, numa extensa área no entorno do pico, uma série de dobras em quartzito, em várias escalas, a maioria isoclinais, com planos axiais verticalizados e eixo variando de horizontal a vertical, num alinhamento aproximado, E-W, dissecadas, constituindo um “Campo das Dobras”. Estas dobras, por sua vez, compõem a charneira de uma mega dobra, de escala regional, que esclarece a história geológica da formação da faixa Brasília. É particularmente interessante também, a visão oferecida para o Morro Cabeludo, quando observado do alto do Pico dos Pireneus, com vista para Sul. Tal morro apresenta fraturas subverticais, na charneira de uma grande dobra isoclinal, as quais, expostas à erosão, formam estruturas verticais, cujo aspecto dá nome ao morro. |
Abstract |
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Autores e coautores |
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Jamilo José Thomé Filho (CPRM - Aposentado) Juliana Maceira Moraes (CPRM) Thiago Luiz Feijó de Paula (CPRM) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | |
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Nome: | |
Outros: | |
Rocha Predominante: | |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR11d - Serra | |
FR11f - Crista | |
FR11g - Pico ou Cume |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Bibliografia |
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ALMEIDA, Fernando Flavio Marques de. Origem e evolução da Plataforma Continental Brasileira. Boletim da Divisão de Geologia e Mineralogia - DNPM, Rio de Janeiro, n. 241, 36 p, 1967. BARBOSA, Octávio. Quadro provisório das superfícies de erosão e aplainamento no Brasil (inferências paleoclimáticas e econômicas). Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 27, n.4, p. 641-642, 1965. BERTRAN, Pascal. A Cidade Perdida dos Pirineus. Goiânia:[s.n.], 2005. BIZZI, Luiz Augusto; SCHOBBENHAUS, Carlos; VIDOTTI, Roberta Mary; GONÇALVES, João Henrique (Coords.). Geologia, tectônica e recursos minerais do Brasil: texto, mapas & SIG. Brasília: CPRM, 2003. 692 p. CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Projeto Chapada Diamantina - Parque Nacional da Chapada Diamantina – BA - informações básicas para a gestão territorial: diagnostico do meio físico e da vegetação. Salvador: CPRM, 1994. 75 p., Il., 9 mapas anexos. Convênio CPRM – IBAMA. EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Disponível em: JUSTO, Lorenzo Jorge Eduardo Cuadros. Jaraguá, folha SD.22-Z-D-IV: Estado de Goiás - escala 1:100.000. Brasília: CPRM. 1994. 116 p., il. MOREIRA, Maria Luiza Osório et. al. Geologia do Estado de Goiás e do Distrito Federal: texto explicativo do mapa geológico do Estado de Goiás e Distrito Federal – escala 1:500.000. Goiânia: CPRM/SIC-FUNMINERAL, 2008. 141 p., il. Anexo 1 mapa. PIMENTEL, Márcio Martins; JOST, Hardy; FUCK, Reinhardt Adolfo. O embasamento da faixa Brasília e o arco magmático de Goiás. In: MANTESSO-NETO, Virgínio (Org.) et al., Geologia do continente sul americano. São Paulo: Beca, 2004. p. 356-369. RIBEIRO, Jorge Ferigolo; WALTER, Bruno Machado Teles. Tipos de Vegetação do Bioma Cerrado. [S.L.]: EMBRAPA, 2001. Disponível em: < http://www.agencia.cnptia.embrapa. br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_23_911200585232.html >. Acesso em: jan. 2010. SCHOBBENHAUS, Carlos; SILVA, Cássio Roberto da (Org.). Geoparques do Brasil: propostas. Rio de Janeiro: CPRM, 2012. 745 p SILVA, Cassio Roberto (Coord.). Zoneamento ecológico-econômico da região integrada de desenvolvimento do Distrito Federal e entorno. Rio de Janeiro: CPRM; EMBRAPA; SCO-MI, 2003. v.1. 10 mapas. THOMÉ FILHO, Jamilo José (Org.). Pirenópolis, folha SD. 22-Z-V: estado de Goiás - texto explicativo – escala 1:100.000. Brasília: CPRM, 1994. 120 p., il. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Dobra da Casinha - Dobra isoclinal em quartzito. Fonte: Proposta Geoparque dos Pireneus (CPRM, 2010) |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Estadual dos Pireneus (Estadual) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 250 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 500 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 3 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 245 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado | 3 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior | 1 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 2 tipos de elementos da geodiversidade | 2 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 235 | |||
Valor Turístico | 295 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 250 |
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Valor Educativo: | 235 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 295 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 245 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - Parque |
Justificativa: | As estruturas presentes na região do Pico dos Pireneus tem fácil acesso e não possuem qualquer controle de visitação ou uso, de maneira que eventuais ações antrópicas podem deteriorar as formações presentes. Além disso, há de ser preservar não somente as feições geológicas presentes, mas também exemplares da flora local, expostos aos mesmos riscos. |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Juliana Maceira Moraes |
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Email: | juliana.moraes@cprm.gov.br |
Profissão: | Pesquisadora em Geociências, Geóloga |
Instituição: | CPRM - Serviço Geológico do Brasil |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/6536866264874113 |