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Rio do Sal
Paulo Afonso -
BA , Lat.:
-9.444821358 Long.:
-38.159694672
Última alteração: 12/11/2020 08:57:37
Última alteração: 12/11/2020 08:57:37
Status: Consistido
Sítio da Geodiversidade de Relevância Nacional.
Valor Científico:
185
Valor Educativo:
275 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
285 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
135 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Rio do Sal |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Metamorfismo |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Cânion do São Francisco - AL/SE/BA ) |
Localização
Latitude: | -9.444821358 |
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Longitude: | -38.159694672 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | m |
Estado: | BA |
Município: | Paulo Afonso |
Distrito: | |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Paulo Afonso |
Ponto de referência rodoviária: | Entroncamento da BR-110 com a BA-210 em Paulo Afonso |
Acesso: | O geossítio Pedra do Sal está situado a cerca de 10 km a leste da cidade de Paulo Afonso. O acesso se dá a partir do entroncamento da BR-110 com a BA-210, no Bairro Tancredo Neves, seguindo pela rodovia estadual em direção a Canindé do São Francisco por 4 km até o povoado de Rio do Sal, o lado esquerdo da estrada. Do povoado, segue-se por 5,5 km em estrada de terra até o ancoradouro do Rio do Sal. Do ancoradouro segue-se de barco por 800 metros para observação do geossítio que fica em afloramentos às margens direita e esquerda do Cânion do São Francisco. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O Rio do Sal é um afluente da margem direita do Rio São Francisco, que corre no sentido S-N sobre a superfície aplainada, com um regime de escoamento intermitente, cuja contribuição hídrica acontece apenas nos períodos de chuva. No trecho onde deságua no grande rio, encontra-se o Sítio da Geodiversidade Rio do Sal, onde podem-se observar belíssimos afloramentos de rochas da Suíte Xingó, expostas nas vertentes íngremes do Cânion do São Francisco, que atinge cerca de 100 metros de altura. Nesta área a Suíte Xingó é composta por gnaisses de composição granítica a diorítica, dobrados, localmente migmatizados e cortados por vênulos, veios e diques pegmatíticos, desenvolvendo estrutura sotckwork. É possível o estabelecimento de relação temporal entre os veios e diques, através das relações de corte e deslocamentos. Guimarães e Silva Filho (1995) atribuem ao complexo Xingó a geração in situ de granitoides peraluminosos durante os eventos tectono-termais do ciclo Brasiliano. Este sítio faz parte da proposta do Geoparque Cânion do São Francisco (Ferreira et al., 2018). |
Abstract |
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The Rio do Sal is a tributary of the right bank of the São Francisco River, which flows in the S-N direction over the planed surface, with an intermittent flow regime, whose water contribution occurs only in periods of rain. In the section where it flows into the great river, you will find the Rio do Sal Geodiversity Site, where you can see beautiful outcrops of rocks from the Xingó Suite, exposed in the steep slopes of the São Francisco Canyon, which reaches about 100 meters in height. In this area the Xingó Suite is composed of gneisses of granitic to dioritic composition, folded, locally migrated and cut by venules, veins and pegmatitic dikes, developing sotckwork structure. It is possible to establish a temporal relationship between the veins and dikes, through the cut and displacement relationships. Guimarães and Silva Filho (1995) attribute to the Xingó complex the in situ generation of peraluminous granitoids during the tectono-thermal events of the Brasilian cycle. This site is part of the proposal of the São Francisco Canyon Geopark. (Ferreira et al., 2018). |
Autores e coautores |
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Rogério Valença Ferreira – CPRM - Serviço Geológico do Brasil Gorki Mariano – UFPE - Universidade Federal de Pernambuco Rochana de Andrade Lima – UFAL - Universidade Federal de Alagoas Thaís de Oliveira Guimarães – UPE – Universidade de Pernambuco Edjane Maria dos Santos – UFPE – Universidade Federal de Pernambuco |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | |
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Nome: | |
Outros: | |
Rocha Predominante: | |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Plutônica - Outras (Suíte intrusiva) |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Bibliografia |
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AB’SABER, A.N.1969. Participação das superfícies aplainadas nas paisagens do Nordeste Brasileiro. Instituto de Geografia / USP, São Paulo, (Geomorfologia, 19). AB’SABER, A.N. 1974. O domínio morfoclimático semi-árido das caatingas brasileiras. Instituto de Geografia / USP, São Paulo, (Geomorfologia, 43). AB’SÁBER, A. N. 1997. O Homem dos Terraços de Xingó. Relatório de visita e pesquisas na área de Xingó (nov. de 1997). Projeto financiado pela CHESF. Doc. n. 6. Projeto Arqueológico Xingó. Universidade Federal de Sergipe. AZEVEDO, S. L. M. 2011. Geografia histórica no contexto tradicional das primeiras iniciativas industriais da região de Paulo Afonso-BA. Rios Eletrônica-Revista Científica da FASETE, ano 5 n. 5 dez. FERREIRA, Rogério Valença; MARIANO, Gorki; LIMA, Rochana de Andrade; GUIMARÃES, Thaís de Oliveira; SANTOS, Edjane Maria dos. Projeto Geoparques do Brasil: Geoparque Cânion do São Francisco - Proposta. Recife: CPRM, 2018. 52 p. Disponível em: http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/20725. Acesso em 04/11/2020. GUIMARÃES, I.P.; SILVA FILHO, A.F. 1995. An example of insitu granite formation in the northern boun –51–SC.24-X (Aracaju NE) dary of the Proterozoic Sergipano no fold belt, NE Brazil: the Xingó Complex. Journal of South American Earth Sciences, Great Britain, v.8, n.3/4, p.341-354. KING, L.C. 1956. A Geomorfologia do Brasil Oriental. Revista Brasileira de Geografia, 18(2), p. 147-265. MABESSONE, J.M. 1978. Panorama Geomorfológico do Nordeste Brasileiro. São Paulo. (Geomorfologia, 56). MEDEIROS, V. C. 2000. Aracaju NE: folha SC.24-X estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Escala 1:500.000. Brasília: CPRM. 1 CD-ROM; mapas. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB. PARAHYBA, R. B. V.; SILVA, F. H. B. B.; SILVA, F. B. R.; LOPES, P. R. C. 2004. Diagnóstico agroambiental do Município de Paulo Afonso – Estado da Bahia. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 66 p. POTTER, P. E. 2017. The Mesozoic and Cenozoic paleodrainage of South America: a natural history. Journal of South Americam Earth Sciences, Vol. 10, Nos. 5-6, pp. 331-344. SAMPAIO, T.. 1905. O Rio de S. Francisco e a Chapada Diamantina: trechos de um diario de viagem (1879-80). Revista S. Cruz. São Paulo: Escolas Professionaes Salesianas. Disponível em: http://biblio.etnolinguistica.org/sampaio_1905_rio. Acesso em: 10 dez.2018. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Monumento Natural do Rio São Francisco ( Federal) | UC de Proteção Integral | Monumento Natural |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Baixa |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 185 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 135 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas | 4 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existe um valor ecológico e um cultural a menos de 20 km do local de interesse | 2 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros na região | 2 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados nas escolas de ensino básico | 3 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 2 tipos de elementos da geodiversidade | 2 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio | 3 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 10 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 3 |
Valor Educativo | 275 | |||
Valor Turístico | 285 |
Classificação do sítio
Relevância: | Sítio da Geodiversidade Relevância Nacional |
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Valor Científico: | 185 |
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Valor Educativo: | 275 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 285 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 135 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: | O sítio da geodiversidade Rio do Sal está inserido no perímetro do Monumento Natural (MONA) do Rio São Francisco, criado pelo Decreto Lei s/nº de 05 de julho de 2009, da Presidência da República, que compreende uma área de 26.736,30 ha, em parte dos municípios de Piranhas, Olho D’Água do Casado e Piranhas, no Estado de Alagoas, Canindé de São Francisco, no Estado de Sergipe, e Paulo Afonso, Estado da Bahia. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio. O fato de estar dentro da área do MONA do São Francisco, resguarda o sítio de uma proteção amparada por legislação vigente , já que o esse tipo de unidade de conservação tem como objetivo preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de tividades de educação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Rogerio Valença Ferreira |
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Email: | rogerio.ferreira@sgb.gov.br |
Profissão: | Geógrafo - Geomorfólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/0590186072856764 |