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Mãe d'Água (Icnofósseis da Bacia do Rio do Peixe, PB)
Sousa -
PB , Lat.:
-6.818130016 Long.:
-38.209247589
Última alteração: 06/11/2020 22:01:20
Última alteração: 06/11/2020 22:01:20
Status: Consistido
Sítio da Geodiversidade de Relevância Nacional.
Valor Científico:
190
Valor Educativo:
280 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
220 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
195 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Mãe d'Água (Icnofósseis da Bacia do Rio do Peixe, PB) |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Paleontologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 026 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Rio do Peixe - PB) |
Localização
Latitude: | -6.818130016 |
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Longitude: | -38.209247589 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | m |
Estado: | PB |
Município: | Sousa |
Distrito: | |
Local: | Vila de Mãe d'Água |
Ponto de apoio mais próximo: | Cidade de Sousa |
Ponto de referência rodoviária: | Saída sudeste da cidade de Sousa |
Acesso: | O sítio da geodiversidade Mãe d’Água fica situado a 6 km a sudeste da cidade de Sousa. O acesso é feito a partir da saída sudeste da cidade, pela estrada de terra que vai até a vila de Mãe d'Água. O sítio é um pequeno morro a cerca de 1 km a sudoeste da vila. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O Geossítio Mãe d’Água consiste em um morro situado a cerca de 5 km a sudeste da cidade de Sousa com uma das mais belas exposições da Formação Piranhas, cujas rochas afloram por mais de 100 000 m² ao longo de suas encostas. Apesar da pequena altura, o morro se destaca do relevo plano da região, apresentando assim uma bela vista. O sítio constitui ainda um bom exemplo dos tipos vegetacionais da região. Pode ser acessado por estradas vicinais com boas condições de tráfego que cortam sua base no lado leste. As rochas afloram em meio à vegetação e consistem em arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados, de geometria tabular a lenticular com estratificação plano-paralela ou cruzada. As exposições rochosas às vezes formam bonitos lajeados e pequenas lapas, e do topo do morro é possível apreciar uma bonita vista da Bacia do Rio do Peixe. Pegadas fósseis podem ser encontradas ao longo de toda a exposição e incluem registros de dinossauros terópodes de diversos tamanhos, saurópodes e ornitópodes semelhantes a iguanodontídeos. Devido à natureza descontínua das exposições, geralmente as pegadas ocorrem isoladamente, mas ocorrem também algumas pistas. As pegadas são característicamente preenchidas e erodidas, destacando-se mais pela coloração e textura do que pelo relevo, e muitas vezes as pegadas podem apresentar-se cortadas horizontalmente. As rochas da Formação Piranhas parecem ser mais suscetíveis ao intemperismo e erosão que as demais unidades icnofossilíferas da bacia. O local é sujeito ainda ao crescimento de vegetação e à ocorrência de enxurradas nos períodos chuvosos, aumentando a fragilidade do sítio. No entanto, o geossítio apresenta acentuadas qualidades para exploração científica e pedagógica. Durante a avaliação do potencial do afloramento foi verificado que o Geossítio Mãe d’Água é de relevância regional. |
Abstract |
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The Geosite Mãe d’Água consists of a hill situated about 5 km southeast of the city of Sousa with one of the finest exhibitions of Piranhas Formation, whose rocks outcrop for over 100 000 m² along its slopes. Despite the small height, the hill stands above the plan relief of the region, thus providing a beautiful view. The site also provides a good example of vegetation types in region. It can be accessed by local roads with good traffic conditions that cut its base on the east side. The rocks outcrop in the middle of vegetation and consist of sandstones, conglomeratic sandstones and conglomerates, with tabular to lenticular geometry and horizontal or cross stratification. The rock exposures sometimes make beautiful plateaus and small cavities, and at the hill top you can enjoy a beautiful view of the Rio do Peixe Basin. Fossil tracks can be found throughout the exposition and include records theropod dinosaurs of various sizes, sauropods and iguanodontids. Because of the discontinuous nature of the exposition, usually tracks occur isolated, but also there are some trackways. The tracks are characteristically filled and eroded, highlighting more the color and texture than the relief, and often the tracks may be cut horizontally. The rocks of Piranhas Formation seem to be more susceptible to weathering and erosion than other ichnofossiliferous units of the basin. The site is still subject to the growth of vegetation and the occurrence of floods in the rainy season, increasing the fragility of the site. However, the geosite has accentuated qualities for scientific and educational exploration. During the evaluation of the potential outcrop was found that the Geosite Mãe d’Água is of regional importance. |
Autores e coautores |
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Rogério Valença Ferreira - CPRM-Serviço Geológico do Brasil (levantamento paleontológico, avaliação em campo, descrição paleontológica dos sítios, preenchimento do GEOSSIT, avaliação quantitativa, revisão geral) Rafael Costa da Silva - CPRM-Serviço Geológico do Brasil (levantamento geológico, avaliação em campo, descrição geológica dos sítios, preenchimento do GEOSSIT, avaliação quantitativa, revisão geral) Luis Manoel Paes Siqueira - ANM-Agência Nacional de Mineração (levantamento geológico, avaliação em campo, descrição geológica dos sítios, preenchimento do GEOSSIT, avaliação quantitativa, revisão geral) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Cretáceo |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Piranhas, Grupo Rio do Peixe |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Arenito |
Rocha Subordinada: | Conglomerado |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : | A Formação Piranhas é composta por sedimentos imaturos, incluindo brechas e conglomerados com seixos de rochas magmáticas e metamórficas em uma matriz grossa arcoseana, arenitos grossos e arenitos intercalados com siltitos. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR1a - Planícies Aluviais (planícies de inundação) |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O geossítio Mãe d’Água constitui um morrote com uma ampla área de afloramentos horizontais e verticais ao longo de mais de 100 000 m². Apesar da pequena altura, o morro se destaca do relevo plano da região, apresentando assim uma bela vista. O sítio constitui ainda um bom exemplo dos tipos vegetacionais da região. O morro é formado por rochas da Formação Piranhas, caracterizada por sedimentos imaturos, incluindo arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados com seixos de rochas magmáticas e metamórficas em uma matriz grossa arcoseana, indicando uma sedimentação em fan-deltas, leques aluviais e ambientes fluviais entrelaçados. As pegadas estão preservadas em sedimentos finos das barras arenosas subaéreas dos leques aluviais e rios entrelaçados próximos da borda das bacia. Foram registradas pegadas de dinossauros Theropoda, Ornithopoda e Sauropoda, geralmente isoladas e deformadas. O sítio apresenta moderado valor científico, didático e turístico. |
Bibliografia |
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Ferreira, Rogério Valença; Silva, Rafael Costa da; Siqueira, Luis Manoel Paes. Geoparque Rio DO Peixe – PB. Geoparques do Brasil: Propostas, Volume 2. Serviço Geológico do Brasil – CPRM. 2017. 50 p. Leonardi, G. 1981a. As localidades com rastros fósseis de Tetrápodes na América Latina. Anais 2°Congr. Latino-am. Paleont, Porto Alegre, 1981, 2:929-940. Leonardi, G. 1981e. News. Ichnology Newsletter, 12:12. Leonardi, G. 1987d. Pegadas de Dinossauros (Carnosauria, Coelurosauria, Iguanodontidae) na Formação Piranhas da Bacia do Rio do Peixe, Sousa, Paraíba, Brazil. In: Moura, J.A. & H.M.N. Gilson (coord.). Anais do X Congresso Brasileiro de Paleontologia (Rio de Janeiro, Brasil, 19-25, julho 1987). Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Paleontologia, 1987. 2 vol. 1: 337-351. Leonardi, G. 1994. Annotated Atlas of South America Tetrapod Footprints(Devonian to Holocene) with an Appendix on Mexico and Central America. CPRM - Brasília. XXIV,Brazil. p.81-82. Leonardi, Giuseppe; Carvalho, Ismar de Souza. Icnofósseis da Bacia do Rio do Peixe, PB – O mais marcante registro de pegadas de dinossauros do Brasil. In: Schobbenhaus, Carlos; Campos, Diogenes de Almeida; Queiroz, Emanuel Teixeira de; Winge, Manfredo; Berbert-Born, Mylène Luíza Cunha (eds.). Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. DNPM/CPRM/SIGEP. 2002. P. 101-111. Leonardi, G., Carvalho, I.S., 2007, Dinosaur Ichnocoenosis from Sousa and Uiraúna-brejo das Freiras Basins, Northeast Brazil; in Carvalho et al., eds., Paleontologia: Cenários de Vida. Editora Interciência, p. 355–370. Leonardi, G., Lima, C.V., Lima. F.H.O., 1987. Os dados numéricos relativos às pistas (e suas pegadas) das Icnofaunas dinossaurianas do Cretáceo inferior da Paraíba, e sua interpretação estatística. I - Parâmetros das pistas, p. 377-394. II - Parâmetros das pegadas, p. 395-417. III - Estudo Estatístico, p. 419-444. In: Moura, J.A. & H.M.N, Gilson (coord.) Anais do X Congresso Brasileiro de Paleontologia (Rio de Janeiro, Brasil, 19-25 Jul 1987). Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Paleontologia, 1987. 2 vol. Leonardi, G., Santos, M.F.C.F., 2004, New dinosaur tracksites from the Lower Cretaceous basin (Paraíba, Brasil): Studi Tridentino di Scienze Naturali, Acta Geologica, v. 81, p. 5–21. Siqueira, L.M.P.; Polck, M.A.R.; Hauch, A.C.G.; Silva, C.A.; Chaves, F.B.; Yamamoto, I.T.; Araujo, J.P.; Andrade, J.A.F.G.; Filgueira, J.B.M.; Trindade, M.H.P.A.; Machado, R.R., Santucci, R.M. 2011. Sítios Paleontológicos das Bacias do Rio do Peixe: Georreferenciamento, Diagnóstico de Vulnerabilidade e Medidas de Proteção. Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ, 34(1):09-21. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 190 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos elementos geológicos secundários | 2 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse sem acesso direto por estrada mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículos | 1 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 195 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas | 4 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse sem acesso direto por estrada, mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículo | 1 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros na região | 2 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 15 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 2 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 280 | |||
Valor Turístico | 220 |
Classificação do sítio
Relevância: | Sítio da Geodiversidade Relevância Nacional |
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Valor Científico: | 190 |
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Valor Educativo: | 280 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 220 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 195 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Rafael Costa da Silva |
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Email: | rafael.costa@sgb.gov.br |
Profissão: | Paleontólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/1898987896461648 |