PlanGeo: PLANO DECENAL DE RECURSOS MINERAIS 2025-2034

A produção de conhecimento pré-competitivo fornecida pelo Brasil para a indústria mineral é fundamental por várias razões. Investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) ajuda a identificar e mitigar riscos geológicos e ambientais, aumentando a segurança e a eficiência das operações minerárias. Além disso, o conhecimento pré-competitivo impulsiona a inovação, permitindo que a indústria mineral brasileira se mantenha competitiva no mercado global. Esse conhecimento avançado possibilita a criação de produtos de maior valor agregado, diversificando a produção mineral e aumentando a lucratividade.

A disponibilidade de dados geológicos e tecnológicos de alta qualidade também torna o setor mineral brasileiro mais atraente para investidores nacionais e internacionais. Finalmente, a capacidade de inovar e adaptar-se às mudanças do mercado global torna a indústria mineral mais resiliente a crises econômicas e flutuações de preços.

Para planejamento do período 2025-2034 são priorizados projetos temáticos de Minerais Críticos e Estratégicos para a Transição Energética e para a Segurança Alimentar, em alinhamento com metas definidas em diversos documentos setoriais como o Plano Plurianual 2024-2027 do Governo Federal (Lei 14.802/24), Plano Estratégico 2024-2028 do Serviço Geológico do Brasil (Lei das Estatais 13.303/2016), Plano Nacional de Mineração 2030, o Caderno do Conhecimento Geológico, elaborado para subsidiar estudos anteriores para o Plano Nacional de Mineração 2050, Plano Nacional de Fertilizantes.

As principais premissas adotadas no planejamento 2025-2034 são:

  • Projetos Temáticos de Minerais Críticos para a Transição Energética, considerando o potencial geológico identificado. Destacamos aqui os projetos ativos para substâncias como Lítio, Cobre, Terras Raras, Níquel, Urânio e Grafita, além de projetos ainda idealizados para substâncias como Manganês, Hidrogênio Natural, Tungstênio, entre outros.
  • Projetos Temáticos de Minerais Críticos e Estratégicos para a Segurança Alimentar. Destacamos aqui os projetos ativos para Potássio, Fosfato e Remineralizadores (“Agrominerais”).
  • Projetos de substâncias com alta demanda ou com peso relevante para a balança comercial brasileira, como Ouro e Diamante.
  • Seleção e priorização de áreas para estudo com base no interesse geológico e no desenvolvimento de novas províncias minerais, sem restrições conceituais rígidas para áreas amazônicas ou não amazônicas.
  • Projetos ligados à área de minerais industriais, com foco em minerais temáticos, agregados para construção civil e rochas ornamentais, realizados em especial próximos aos grandes municípios e regiões metropolitanas, maiores demandantes desses insumos.
  • Grandes áreas com restrições de acesso, como Terra Indígenas e Unidades de Conservação de Proteção Integral, não são consideradas no processo de hierarquização de prioridades.

O Planejamento decenal de atividades aqui apresentado considera a execução dos projetos com a atual equipe de trabalho e com níveis de investimento semelhantes à média dos últimos anos. Em cenários futuros onde há maior disponibilidade de mão de obra e recursos financeiros, pretende-se manter o mesmo programa de trabalho, porém reforçando as equipes dos projetos, ampliando assim o volume de novas informações e produtos gerados por empreendimento.

Cenário 1: Equipe mínima de 1 pesquisador em tempo integral por projeto.

Cenário 2: Acréscimo de 50% na equipe executora, com equipe mínima de 2 pesquisadores em tempo integral por projeto.

Cenário 3: Neste cenário é prevista a duplicação da equipe executora, com equipe mínima de 2 pesquisadores em tempo integral por projeto e reforço de mão de obra em projetos prioritários.